Agência Brasil
Petrobras19 de fevereiro de 2021 | 13:03Bolsonaro cobra transparência da Petrobras e reafirma mudança na estatal
Em visita-relâmpago a Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou na manhã desta sexta-feira (19) que fará mudanças na Petrobras.
“Anuncio que teremos mudança sim na Petrobrás. Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, discursou.
Sem citar o nome do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, Bolsonaro mandou um recado. “Exijo e cobro transparência de todos aqueles que eu tive a responsabilidade de indicar”, afirmou.
O presidente disse que o governo federal tem feito a sua parte. “Tomamos a decisão de zerar todos os impostos federais relativos ao botijão de gás. Se na origem ele custa menos de R$ 40, não tem justificativa na ponta custar R$ 90 ou R$ 100”, discursou.
Ele também voltou a dizer que decidiu zerar nos próximos dois meses os impostos federais do diesel. O anúncio já havia sido feito durante live semanal do presidente na noite desta quinta (18).
Segundo o presidente, o PIS/Cofins que incide sobre o combustível será suspenso por dois meses a partir de 1º de março.
Reflexo das falas de Bolsonaro na quinta, as ações da Petrobras caíam mais de 5% na manhã desta sexta.
“Se lá fora aumenta o preço do barril do petróleo e aqui dentro o dólar está alto, sabemos das suas repercussões nos preços do combustível. Mas isso não vai continuar sendo um segredo de estado”, disse o presidente.
A Petrobras informou nesta quinta dois novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, que subirão 10,2% e 15,1%, respectivamente, a partir desta sexta (19). É o quarto reajuste da gasolina e o terceiro do diesel em 2021.
Os reajustes anunciados são os maiores deste ano. Desde janeiro, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 34,7%. O diesel subiu 27,7% no mesmo período.
Não é a primeira vez que Bolsonaro promete alterar o preço dos combustíveis neste ano. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei complementar que pretende mudar a forma de cobrança do ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis. A ideia é definir um valor fixo por litro, e não mais sobre a média de preços das bombas.
O texto ainda estabelece que a cobrança será feita diretamente nas refinarias, e não nos postos de gasolina
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