Pular para o conteúdo principal

NSA coleta e cruza dados para traçar perfil de americanos, diz jornal

Reportagem do 'The New York Times' afirma que agência de segurança usa registros telefônicos, informações em redes sociais para identificar conexões pessoais

Sede da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana em Fort Meade, Maryland
Sede da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana em Fort Meade, Maryland
A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) cruza desde 2010 dados de telefones, de redes sociais na internet, de contas bancárias e do sistema de posicionamento global (GPS) para traçar o perfil de cidadãos americanos, informa reportagem do jornal americano The New York Times publicada neste sábado.
De acordo com a reportagem, a montagem dos perfis permite identificar as conexões sociais, a localização e até mesmo quem são os companheiros de viagem das pessoas monitoradas.
O NYT afirma que a reportagem foi elaborada a partir de dados obtidos com o ex-analista da NSA Edward Snowden, que em maio fugiu dos Estados Unidos após vazar milhares de documentos que revelam a dimensão da espionagem promovida pela agência.
Leia também: 
NSA grampeou Muhammad Ali e Luther King nos anos 1960
Snowden é indicado a prêmio de direitos humanos do Parlamento Europeu​
NSA espiona transações bancárias e firmas de cartão de crédito, diz revista
Ainda segundo o jornal, os documentos citados na reportagem indicam que a NSA criou um programa que busca por 94 tipos de informações, entre elas dados de telefone e internet. A agência também estabeleceu uma lista de 164 “tipos de relacionamento” para coletar e ajudar a montar um perfil dos interesses das pessoas monitoradas.
Tal política de monitoramento, segundo o NYT, surgiu em novembro de 2010. O objetivo era ajudar a agência a descobrir e monitorar conexões entre cidadãos americanos com pessoas ou organizações no exterior que fossem alvo de investigação por parte dos serviços de inteligência, segundo um documento datado de janeiro de 2011.
Os documentos obtidos pelo jornal também mostram que a NSA faz uso de um programa chamado Mainway, para receber e armazenar os chamados metadados (registros de ligações, redes sociais e conexões) que são obtidos com os parceiros empresariais da NSA (como empresas de internet) e com a invasão de redes estrangeiras.
Os documentos também mostram a enorme quantidade de dados armazenada pelo Mainway. De acordo com um boletim interno da agência, o Mainway estava coletando 700 milhões de registros telefônicos por dia em 2011. Em agosto daquele ano, o Mainway passou a receber mais 1,1 bilhão de registros de ligações de celular por dia, fornecidos por uma prestadora de telefonia dos EUA, que não foi identificada.
Segundo o jornal, nos documentos, a NSA não indica quantos americanos foram alvo do programa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação