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Papa considera diálogo com Estado Islâmico 'quase impossível'

Para líder da Igreja Católica, no entanto, não se deve fechar as portas para nenhuma possibilidade

O papa Francisco
O papa Francisco (AP)
O papa Francisco uniu-se nesta terça-feira às – poucas – vozes que falam em diálogo com os selvagens do Estado Islâmico. Mas é preciso pôr a declaração do pontífice em seu devido contexto. Francisco é o líder espiritual da Igreja Católica, e a pregação da paz entre os homens é um imperativo para ele. Mesmo assim, o papa reconheceu que é “quase impossível” estabelecer qualquer diálogo com terroristas que decapitam, crucificam e executam sumariamente aqueles considerados infiéis.
“Eu nunca vejo uma causa como perdida, nunca. Talvez o diálogo não seja possível, mas eu nunca fecho nenhuma porta. É difícil, pode-se dizer quase impossível, mas a porta permanece sempre aberta”, disse a jornalistas, em declarações reproduzidas pelo jornal italiano La Stampa. O líder da Igreja Católica foi questionado por jornalistas sobre o horror do terrorismo islâmico durante o voo de volta de Estrasburgo, na França, onde discursou para o Parlamento Europeu e para o Conselho da Europa.
Francisco defendeu que nenhum país deve atacar um “agressor injusto” de forma isolada, mas sim buscando um consenso internacional. “Há uma ameaça, o terrorismo de Estado, quando cada Estado, por conta própria, decide que é seu direito massacrar terroristas, e com eles caem muitos inocentes”, disse. “Devemos lutar contra o terrorismo, mas, repito, quando um agressor injusto precisa ser contido, isso deve ser feito com o consenso da comunidade internacional. Nenhum país tem o direito de, por contra própria, parar um agressor injusto”, completou.
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A presidente Dilma Rousseff também fez uma pregação do diálogo como forma de dirimir conflitos ao viajar para a Assembleia Geral da ONU, no final de setembro. No entanto, sua fala estava impregnada pelo antiamericanismo. Pouco depois, o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, uma resolução urgindo todos os países a reforçar suas leis para criminalizar cidadãos que viajam para celeiros terroristas.
Os Estados Unidos lideram uma coalizão que tenta combater o EI no Iraque e na Síria por meio de ataques aéreos. O grupo já sequestrou e escravizou meninas, tentou exterminar minorias religiosas e executou milhares de homens. Sem medo de retaliação, ainda põe evidência de seus crimes na internet. Cinco reféns estrangeiros já foram decapitados diante das câmeras do EI, que usa a barbárie como propaganda e ainda faz ameaças aos EUA e a Grã-Bretanha por bombardearem alvos terroristas.

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