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No clima de sem-vergonhice sem limites, governo quer Lula como ministro informal

Em conversas telefônicas, o Apedeuta já deixou claro a estima que tem pelo Poder Judiciário, que ele chama de covarde apenas porque a corte se nega a fazer tudo aquilo que ele seu partido querem

Por: Reinaldo Azevedo
No clima geral de sem-vergonhice que tomou conta da República, os petistas anunciam abertamente que Lula, embora não seja ministro, pretende atuar como tal.
Ou por outra: ele está impedido pelo STF de exercer o cargo de titular da Casa Civil. Mas quem liga para isso, não é mesmo? Em conversas telefônicas, o Apedeuta já deixou claro a estima que tem pelo Poder Judiciário, que ele chama de covarde apenas porque a corte se nega a fazer tudo aquilo que ele seu partido querem.
Lula já manifestou a intenção de se encontrar com Michel Temer, futuro presidente da República. Espero que o ainda vice recuse. Enquanto o petista não é ministro, trata-se apenas de alguém investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal que se move desesperadamente para se safar.
Ora, fico cá a pensar: depois de tudo o que Lula disse por aí sobre os poderes constituídos, imagino como deve ser confortável conversar com ele, não é mesmo? Restará sempre a impressão de que ele está chamando o outro para combinar operações de sabotagem da investigação — ou não foi o que ele procurou fazer durante todo o tempo?
Dilma poderia ao menos manter a dignidade nesta reta final. Mas está difícil. A urgência dos próximos dias é tentar impedir o desembarque do PMDB. Mas será Lula a figura adequada para conduzir essa conversa?
A pesquisa Datafolha do fim de semana respondeu: o homem é hoje rejeitado por 57% dos brasileiros.
É com esse cacife que ele pode desembarcar em Brasília para atuar como um ministro que consegue ser, a um só tempo, ilegal e informal.
Ao permitir tal pantomima, Dilma se torna só uma figura patética.

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