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Chefe da Assembleia sugere adiar posse de Chávez


Constituição determina que juramento seja feito até o dia 10 de janeiro


Diosdado Cabello, político venezuelano
Diosdado Cabello, político venezuelano 

O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, defendeu nesta quarta-feira o adiamento da posse de Hugo Chávez, prevista para o dia 10 de janeiro. O caudilho está em Cuba, se recuperando da quarta cirurgia à qual foi submetido desde que um câncer foi diagnosticado, em junho do ano passado. Na opinião de Cabello, "a vontade do povo é mais importante do que uma data determinada na Constituição", segundo informou o jornal El Nacional.

Se Chávez não tomar posse para o quarto mandato consecutivo no dia 10, novas eleições devem ser convocadas em trinta dias - período em que Cabello assumirá o cargo interinamente. Se Chávez assumir o posto e ficar impossibilitado definitivamente de governar em menos de quatro anos, o vice, Nicolás Maduro, deve convocar um novo pleito.

Mas, para o chefe da Assembleia, a data para Chávez assumir um novo mandato de seis anos, não está "escrita em pedra". "Você não pode prender a vontade de um povo a uma data. Então, se você não faz naquele dia, se não for no 10 de janeiro, a vontade de 8 milhões de pessoas não vale?", disse Cabello, que também é líder do partido governista PSUV.


Considerado homem forte do governo e do partido de Chávez, Cabello disse que cabe ao Supremo Tribunal de Justiça fazer esclarecimentos sobre como proceder. Cabello disse que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ainda não fez um pedido de adiamento do dia da posse, pois o cenário que se coloca neste momento é o de que Chávez estará de volta no início do ano.

Lei - A Constituição venezuelana, alterada em 2009 para permitir a reeleição contínua do presidente e de governadores, prevê a possibilidade de o candidato eleito tomar posse diante do Supremo Tribunal de Justiça, caso não possa fazer seu juramento na Assembleia Nacional. Há uma interpretação de que isso permitiria a Chávez tomar posse na embaixada da Venezuela em Havana, na presença de juízes.


Um funcionário do governo venezuelano, que não quis se identificar, afirmou que o prognóstico sobre a saúde do caudilho "não é bom". "Chávez está passando por uma situação muito degradante do ponto de vista humano... Seria um milagre conseguir jurar em 10 de janeiro."

Chávez, de 58 anos, está internado em Havana desde o início da semana passada. Na segunda-feira, ele sofreu uma infecção respiratória que já foi controlada, segundo o governo. A imprensa estatal informou que ele deve permanecer em repouso absoluto nos próximos dias.

Depois de viajar a Cuba para um alegado "tratamento especial", ele voltou à Venezuela, mas ficou pouco tempo no país. No dia 8, anunciou que teria de ser submetido a uma operação "absolutamente necessária". E falou pela primeira vez em um sucessor, ao pedir que os venezuelanos votassem em Maduro para concluir o mandato.

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