Pular para o conteúdo principal

Oposição classifica medidas de Rui como “pacote de ruindade”; Zé Neto diz que é “chá amargo, mas necessário”

[Oposição classifica medidas de Rui como “pacote de ruindade”; Zé Neto diz que é “chá amargo, mas necessário”]

O pacote de medidas que o governador Rui Costa enviará à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi classificado por oposicionistas como “pacote de ruindade”. Na sessão desta terça (27), os deputados aprovaram o requerimento de urgência do projeto que antecipa os royalties do petróleo em quatro anos, além disso, outro projeto chegará essa semana à Casa aumentando em 2% a alíquota paga pelos servidores estaduais. Isso porque o governador precisa fechar as contas e resolver o problema do rombo de mais de R$ 4 bilhões da Previdência Social. Outra medida será a reforma administrativa. Ao menos três empresas serão extintas em um projeto que será enviado à ALBA, como forma de enxugar a máquina pública. 

A oposição cobra mais discussão sobre as medidas e rechaça a votação com pedido de urgência. “Para mim, isso não é novidade, reflete a situação crítica fiscal do estado que eles vem cantando em versos e prosas ao longo do tempo, conseguiu segurar até passar a eleição. Agora deu um golpe bem aplicado. O governo da Bahia arrecada bem e gasta mal. De 2011 até aqui, fez três pequenas reformas sempre onerando o servidor [...] É preciso haver um estudo a longo prazo. São mais de 19 mil cargos comissionados no governo, é preciso enxugar a máquina, mas com racionalidade”, afirmou o deputado Hildécio Meireles (PSC). 

A bancada oposicionista deve obstruir as duas sessões marcadas para a próxima semana, porém os projetos devem ser aprovados por motivos claros: a bancada governista tem número suficiente para manter quórum e aprovar proposições e a oposição pode não ficar tão aguerrida, tendo em vista a época do ano, quando bate à porta o recesso parlamentar. A regra serve também para a base, que, pós-disputa eleitoral, também quer acelerar o processo.   

A estratégia do governo é adiantar uma sessão para segunda-feira (3) e votar dois vetos que sobrestam a pauta. Já na quarta, vota-se os royalties do petróleo e, além disso, já se fala em votar o primeiro turno da Lei Orçamentária Anual e segurar o segundo turno, já que o recesso só é permito depois que votar, em dois turnos, o orçamento de 2019. 

“A extinção das empresas ou órgãos públicos é coisa para se discutir, a própria Previdência merecia uma discussão mais aprofundada. Levarias seis meses discutindo, com a categoria, com os deputados. É um problema grave, temos que reconhecer isso. De fato tem que ter uma alternativa mais racional tanto para o governo quanto para o funcionário. Vamos empurrar o quanto pudermos (a votação) [...] Disseram que o Brasil deu um cheque em branco para Bolsonaro, aqui na Bahia deram um talão inteiro para Rui, e ele já começou a gastar. Começou com o pacote de ruindade. Vai exaurir o capital político”, bradou Meireles.   
O líder do governo, deputado Zé Neto (PT) admite que o pacote de Rui enviado à AL-BA é um "chá amargo, mas necessário". Conforme o petista, 12 estados adotaram a mesma medida. “A maioria dos estados já fez a mesma coisa. Santa Catarina, Mato Grosso, Minas Gerais, Ceará. Não tem muito o que dizer, a maioria está caminhando nesse sentido”, disse.

“É uma solução que minimiza o problema, não resolve, mas é um dos pilares. Para irmos trabalhando nos próximos dias, enxugamento de empresa, é um chá amargo mas não tem outro caminho. A oposição fala, mas não apresenta solução. Vamos correr o risco de não tem condições de pagar salário?”, questionou. “É ter pé no chão e confiança em nosso governador que está fazendo o que é preciso”, finalizou Zé Neto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação