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Síria permite acesso de inspetores da ONU a locais de ataque químico

Regime dá sinal verde para que inspetores analisem uso de armas químicas contra civis, mas EUA dizem que decisão veio ‘tarde demais’ 

Menino que sobreviveu, segundo a oposição síria, ao ataque com armas químicas - Reuters
 
Menino que sobreviveu, segundo a oposição síria, ao ataque com armas químicas
WASHINGTON - A chancelaria da Síria informou ontem que o governo decidiu permitir que inspetores da ONU analisem os locais no subúrbio de Damasco que teriam sido alvos de ataques de armas químicas. Os EUA, porém, desprezaram a oferta e disseram que ela “veio tarde demais”, o que aumenta as chances de uma intervenção militar no conflito.

Segundo a oposição síria, forças leais ao ditador sírio, Bashar Assad, usaram armas químicas contra civis no dia 21, matando cerca de 1,3 mil pessoas. Damasco nega. Ontem, o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, afirmou que as denúncias são “uma conspiração barata e clara” impulsionada pelos rebeldes.

Segundo especialistas, os inspetores da ONU que estão na Síria para investigar o caso correm contra o tempo para colher provas do uso de armas químicas no conflito. Por isso, muitos receberam com ceticismo a permissão do governo sírio. “Um acordo foi concluído para permitir que a equipe da ONU investigue as acusações de utilização de armas químicas em Damasco”, informou ontem a chancelaria síria, em comunicado.

Ataque. Um funcionário de alto escalão do governo americano, no entanto, disse ontem à agência Reuters que o convite feito por Damasco era “inadequado”. “Se os sírios não tinham nada a esconder, deveriam ter deixado os inspetores entrarem há cinco dias, após o ataque ter sido relatado pela primeira vez”, disse o funcionário.

“Neste momento, qualquer decisão é demasiado tardia para ser digna de crédito, inclusive porque a evidência disponível foi significativamente danificada como resultado de persistentes bombardeios e outras ações intencionais do regime nos últimos cinco dias”.

Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da França, François Hollande, e o premiê britânico, David Cameron, conversaram seguidas vezes sobre o tema nas últimas 48 horas. Os três buscam uma resposta rápida e conjunta aos ataques com armas químicas e não descartam uma intervenção militar contra o regime de Assad

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