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Presidente do Einstein estima 15 casos não rastreados para cada paciente notificado de coronavírus

BRASIL
O pico dos casos na epidemia de covid-19 no Brasil deve ocorrer no início de abril. A previsão foi feita na noite desta quarta-feira, 18, pelo presidente do Hospital Albert Einstein, médico-cirurgião Sidney Klajner, em entrevista por telefone ao Estado. Ele afirmou que neste momento “é muito importante que as pessoas se conscientizem da importância de permanecer em casa” para tentar impedir o avanço do vírus. Ainda segundo estima ele, para cada caso notificado da doença hoje, existem outros 15 infectados sem diagnóstico.
“É importante se conscientizar de que a única forma de a gente mitigar o impacto dessa epidemia é não disseminar o vírus, permanecer em casa, porque o quadro é grave”, afirmou Klajner. Ele avalia que o Einstein está preparado para enfrentar a crise da doença. O Einstein, segundo ele, conta com 600 leitos que podem ser usados no atendimento, sendo 100 deles leitos de UTI. Segundo ele, o hospital saltou de 12 casos de suspeitas, há dois dias, com quatro confirmações da covid-19, para 45 internações, 21 confirmados, hoje, com sete pacientes na UTI.
Para Klajner, a situação tende a se agravar no País com um pico de casos em duas semanas. Na opinião dele, há também no País um problema adicional. “A subnotificação dos casos”, afirmou. Ele calcula que para cada caso notificado, há pelo menos 15 outros contaminados que não estão sendo diagnosticados. “Até pelo fato de muitos casos serem assintomáticos, como pode ocorrer com as crianças, por exemplo”, afirmou.
Em quadros normais, um diagnóstico da doença pode levar cerca de três horas e custa em torno de R$ 150. “Mas a testagem, porém, por causa do aumento súbito no volume dos casos, depende de indicação médica”, alertou Klajner. “Chegamos a ter, nos últimos dias, 2 mil testagens”, disse. “Mas restringimos a testagem aos pacientes com indicação médica”, explicou. O atraso na confirmação do diagnóstico, lembrou, ocorre pelo volume de pessoas na fila. “O atraso para o resultado é causado pela fila de exames”, explicou Klajner.
De acordo com o médico, ele próprio atendeu nesta quarta-feira, 18, pelo menos cinco pacientes com as queixas. “Estou atendendo meus pacientes por teleconferência”, explicou o presidente do Einstein. Ele disse ainda que o hospital está preparado para enfrentar a epidemia, mas adiantou que somente os pacientes com indicação médica ou em estado grave devem ser hospitalizados.

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