Pular para o conteúdo principal

Candidatos à presidência do PT na Bahia acenam aos movimentos sociais e prometem renovação

Foto: Reprodução/redes sociais
Éden Valadares e Jacó
Atentos à conjuntura política estadual e nacional, os principais pré-candidatos à direção estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) prometem aprofundar o diálogo com os movimentos sociais e a classe trabalhadora – o que tem sido defendido por nomes de peso da sigla desde antes das eleições presidenciais de 2018. Assessor de longa data do senador Jaques Wagner (PT), ex-governador da Bahia, Éden Valadares é um dos que tentarão conquistar o posto de comando hoje ocupado por Everaldo Anunciação, que finaliza seu segundo mandato.
Em entrevista ao Política Livre, Valadares defendeu a renovação do PT. “A decisão pela candidatura nasce do diálogo com amplos setores do partido de que é chegada a hora de renovar o PT. É hora de democratizar o partido. Torná-lo menos centralizado, resgatar o papel das suas instâncias coletivas, valorizar seus setoriais. Renovar o PT é construir uma gestão coletiva da administração e das finanças, e apostar na inovação dos nossos mecanismos de decisão e participação. A força do PT está aí, na sua capacidade de construir a unidade de ação política a partir da pluralidade”, pontuou.
O petista afirma que seu grupo quer “atualizar nosso programa, nossa estratégia e inovar as práticas políticas”. “Nós temos o desafio de renovar nossa capacidade de representar, ser referência e liderar os anseios políticos da sociedade baiana e brasileira. Temos, por exemplo, o desafio de combinar as pautas pelos Direitos Humanos, das novas identidades, com a luta da classe trabalhadora. Essas agendas não competem, elas se somam. Mas para tanto precisamos garantir a representatividade efetiva das mulheres, dos negros, LBGTs e dos jovens. E além disso, renovar a conexão do PT com a sociedade significa também estar em sintonia com as questões do território, das favelas, das periferias, da roça, da agricultura familiar, dos quilombolas e dos indígenas. A cabeça pensa onde o chão pisa. Essas são as oportunidades que temos de renovar concretamente o PT”, disse Éden, que também é apoiado pelo deputado estadual Rosemberg Pinto.
Atualmente, são seis chapas no páreo. Além da liderada por Éden, concorrem o deputado estadual Jacó, Elen Coutinho, Martiniano Costa, Vera Lúcia Barbosa e Ivan Alex.
Jacó também fala em fazer uma gestão integrada com os setores populares. “Fui chamado pelo nosso campo político, Optei, que reúne diversas tendências, como O Trabalho, CNB, EPS, é um conjunto de lideranças que viu na minha representatividade política a possibilidade de apresentar um nome de luta, de renovação. Sou uma pessoa que vem do semiárido, da luta do povo. Então para mim é uma alegria muito grande”, disse.
“Nosso trabalho vai ser de avançar no que está sendo feito na Bahia. Vamos dialogar permanentemente com o governo para ajudar, fortalecer. Vou ser uma liderança, tenho capacidade, experiência, vamos ter um diálogo aberto com sem terra, LGBT, quilombola, com o povo de terreiro… Queremos ser esse elo, mas também um elo de ligação dentro do partido. Dialogo com todas as tendências”, acrescentou.
A corrente interna Esquerda Popular Socialista (EPS) chegou a lançar um manifesto em apoio ao parlamentar, destacando a necessidade de lutar contra o presidente Jair Bolsonaro e defender o ex-presidente Lula. “O país passa por um momento difícil de ser interpretado de maneira única, totalizante e finalística. O esforço das organizações internas do PT deve ser o de apresentar as diferentes e provisórias leituras que sirvam para organizar nossas estratégias enquanto militância partidária”, diz o documento.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação