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Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio

Acerto terá de ser ratificado pelos legislativos dos sócios europeus e do bloco sul-americano; maior parte dos bens terá tarifa zero de importação

Ao final de 22 anos de negociação, o Mercosul e a União Europeia concluíram o acordo de livre comércio nesta sexta-feira, 28, em Bruxelas, informaram os jornais O Estado de S Paulo e La Nación Trata-se do mais ambicioso tratado comercial fechado pelo bloco sul-americano, com potencial de alavancar o comércio de produtos do agronegócio do Mercosul e de bens industrializados europeus.
Segundo o Ministério da Economia, o acordo permitirá a expansão de US$ 87,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 15 anos. Considerando a redução esperada das barreiras não-tarifárias e o aumento da produtividade dos fatores dos setores produtos do país, esse ganho poderá chegar a US$ 125 bilhões. A pasta estima a elevação de US$ 113 bilhões nos investimentos no Brasil, e o comércio entre Brasil e União Europeia deverá alcançar US$ 100 bilhões em 2035.
O acordo abrange ainda os setores de serviços, proteção de investimentos e compras governamentais de lado a lado. No caso do comércio de bens, a maioria será beneficiada pela adoção de tarifa zero de importação. Os setores mais sensíveis dos dois blocos terão as tarifas reduzidas ao longo do tempo. Os produtos agrícolas do Mercosul, em especial as carnes, terão as importações regidas por cotas da União Europeia.
“O acordo é um marco histórico no relacionamento entre o Mercosul e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas”, informou o Ministério da Economia por meio de nota. “Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade.”
Uma vez firmado, o acordo terá de ser ratificado pelos legislativos dos 27 sócios da União Europeia e dos quatro sócios do Mercosul.
A rodada final desta semana, em Bruxelas, foi comandada pelo lado brasileiro pelos ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Tereza Cristina, da Agricultura, e pelo secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. No entanto, foi o Ministério da Economia quem divulgou nota à imprensa sobre a conclusão das negociações

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