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"Tenho força para resistir", diz Temer ao se antecipar a nova denúncia da PGR


Por iG São Paulo |                             

Presidente gravou vídeo com 'defesa antecipada' contra Janot antes de ir à China: "Querem parar o Brasil, mas nenhuma força me desviará", disse

Michel Temer confirmou interesse em convidar investidores chineses para processo de privatização de estatais
Reprodução
Michel Temer confirmou interesse em convidar investidores chineses para processo de privatização de estatais
Precavido quanto à eventual apresentação de uma nova denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer divulgou nesta terça-feira (29) um vídeo em que garante "ter a força necessária para resistir", numa espécie de defesa antecipada antes de embarcar em sua viagem para a China, onde participa da 9ª cúpula dos Brics
"Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil. E esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho e semear a desordem nas instituições", diz Michel Temer no vídeo de três minutos e meio de duração. "Mas tenho força necessária para resistir porque o que estamos fazendo é necessário e serve apenas à sociedade brasileira. O momento pede sobriedade, responsabilidade e paciência. Nenhuma força me desviará desse rumo."
Embora não cite nomes, a manifestação de Temer quanto ao "desejo sem limites de parar o Brasil" remete a ataques já desferidos contra o chefe do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot . Em peça enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início do mês, por exemplo, a defesa do peemedebista Temer acusou Janot de "desprezar a governabilidade e tranquilidade do País" .
Há a expectativa de que o procurador-geral da República leve em breve ao Supremo uma nova denúncia contra Temer baseada nas delações de executivos do grupo JBS (a primeira denúncia acabou arquivada após decisão da Câmara dos Deputados). Janot tem só até o dia 17 do mês que vem para fazer isso, pois seu cargo será assumido a partir do dia 18 por Raquel Dodge –escolhida por Temer.
Temer também esboçou uma resposta à baixa taxa de popularidade de seu governo e à onda de desconfiança da população, quadro reforçado em pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos no fim de semana. "Se estão desconfiados é porque já sofreram muito no passado. [...] Não vamos deixar que a agenda negativa venha a abater nosso ânimo", disse o presidente.
Leia também: Câmara retoma análise da reforma política com impasses sobre fundo bilionário

Concessões

Ao apresentar seus objetivos para a viagem à China, onde se encontrará com representantes locais e autoridades da Rússia, da Índia e da África do Sul, Temer confirmou seu intuito de convidar investidores chineses para participar do processo de privatização de empresas estatais – como a Eletrobras e a Casa da Moeda.
"Queremos tornar mais sólida a relação comercial já existente com os chineses. Viajo para ampliar nossas relações. A China poderá ser uma das grandes investidoras nos nossos projetos de concessões, que eu anunciei na semana passada. Eles poderão fazer a diferença em investimentos áreas de energia, portos, aeroportos, agronegócio e nas finanças", garantiu o presidente.
O presidente Michel Temer retorna à Brasília no dia 6 de setembro. Durante sua viagem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume a chefia do Poder Executivo.

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