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Pai de soldado muçulmano morto em combate confronta Trump

O pai do soldado Humayun Khan discursou durante a Convenção Democrata e criticou as medidas contra muçulmanos do candidato republicano

A história de Humayun Khan, um soldado muçulmano morto no Iraque, foi um dos destaques do último dia da Convenção Nacional Democrata, na Filadélfia. A trajetória do combatente foi contada na quinta-feira por seu pai e sua mãe, que confrontaram a proposta candidato republicano Donald Trump de proibir a entrada dos muçulmanos nos Estados Unidos.
“Nosso filho Humayun tinha o sonho de ser um advogado militar. Esses sonhos foram deixados de lado no dia em que sacrificou sua vida para salvar seus companheiros militares”, contou Khizr Khan, o pai do soldado. Quando estava em uma missão no norte de Bagdá, em junho de 2004, o capitão Humayun fez toda sua tropa retroceder e se assegurou que estavam a salvo, porém, um carro-bomba explodiu e tirou sua vida.
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“Se fosse por Donald Trump, meu filho nunca teria vivido nos Estados Unidos”, ressaltou Khan. “Donald Trump, você está pedindo aos americanos que lhe confiem seu futuro. Me deixe perguntar: você já leu a Constituição americana? Com muito gosto lhe apresento a minha cópia. Neste documento busque as palavras ‘liberdade’ e ‘igualdade perante a lei'”, disparou o homem, com uma cópia da Constituição na mão.
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O muçulmano também se dirigiu a Trump para perguntar se alguma vez o magnata visitou o cemitério de Arlington, onde estão sepultados mais de 400.000 soldados americanos e suas famílias. “Vá buscar entre os túmulos dos patriotas valentes que morreram em defesa dos Estados Unidos e verá todos os credos, gêneros e etnias”, comentou Khan.
O discurso do pai de Humayun foi um dos mais comentados da última noite do evento, que terminou com a candidata Hillary Clinton aceitando a indicação do partido para concorrer a presidência. “O senhor não sacrificou nada nem ninguém”, ressaltou Khan ao finalizar sua fala, emocionado e ovacionado pelo público.
(Com EFE)

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