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Coreia do Norte está sofrendo sua 'pior seca em 100 anos'

A Coreia do Sul acompanha a situação e teme um desastre humanitário, já que os vizinhos do Norte sofrem com um déficit alimentício crônico desde a década de 1990

Imagem recente do ditador norte-coreano Kim Jong-un
Imagem recente do ditador norte-coreano Kim Jong-un: gordo e inspecionando um campo ainda verde de arroz.
Enquanto o ditador Kim Jong-un aparenta estar cada vez mais gordo, a população do seu país corre o risco de morrer de fome. A já delicada situação alimentar norte-coreana está sendo agravada pela "pior seca em 100 anos", informa nesta quarta-feira a própria agência estatal. O comunicado divulgado no site da agência oficial KCNA confirma que a seca "está causando graves danos à produção agrícola". A situação está sendo monitorada atentamente por Seul, pois uma crise grave de fome no Norte poderia desencadear revoltas populares e tentativas de evasão de norte-coreanos para o Sul.
O texto da KCNA assegura que quase um terço dos 441.000 hectares de campos de arroz em todo o país está secando e que a escassez de chuva afeta especialmente às províncias de Hwanghae do Norte e do Sul, situadas no sudeste do território nacional. Em Hwanghae do Norte, 58% das plantações de arroz secaram, enquanto em Hwanghae do Sul, esse número chega a 80%. A agência indicou que nos campos de arroz secos estão sendo semeados outros cultivos para reduzir os danos sobre a produção agrícola.
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Além disso, a agência estatal advertiu que as reservas de água nos açudes se encontram em níveis mínimos e que os rios e outras correntes fluviais também estão secando. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul observa de perto a situação, mas assegura que, por enquanto, a Coreia do Norte não solicitou ajuda para combater a seca que afeta o país desde janeiro.
As chuvas acumuladas na Coreia do Norte entre janeiro e maio só alcançaram 57% da média registrada entre 1981 e 2010, segundo o Ministério sul-coreano. Seul calcula que, caso esta situação persista até julho, a produção agrícola poderá se reduzir em entre 15% e 20%, o que causaria um desastre humanitário, já que a Coreia do Norte sofre com um déficit alimentício crônico desde a década de 1990. Apesar de a situação ter melhorado levemente em 2014, uma em cada três crianças norte-coreanas sofre de desnutrição, segundo os dados do Programa Mundial de Alimentos, mantido pela ONU.

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