Pular para o conteúdo principal

Mercado de capitais deve suprir redução de investimentos do BNDES, diz Levy

O ministro da Fazenda reforçou nesta segunda-feira que a necessidade de apertar gastos para reequilibrar contas fiscais

Joaquim Levy, ministro da Fazenda, em encontro com empresários em São Paulo - 30/03/2015
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, em encontro com empresários em São Paulo(Nelson Almeida/AFP)
O ministro da Fazenda Joaquim Levy não se cansa de dizer que o ajuste fiscal é essencial para que a economia brasileira voltar a crescer. Na fórmula de corte de gastos públicos e aumento da arrecadação, um dos pontos que ele defende é a redução da dependência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento privado. Em evento do LIDE em São Paulo, o ministro defendeu uma maior participação do mercado de capitais na tomada de recursos por parte de empresários. Levy disse que o BNDES terá menos recursos para investir esse ano e os empresários devem procurar mais opções de financiamento no mercado de capitais.
Segundo ele, o ajuste fiscal é fundamental para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, que, por sua vez, depende muito de confiança e é de longo prazo. Levy não detalhou, contudo, se novos tributos poderiam ser criados para instrumentos financeiros como as letras de crédito imobiliário (LCI) e agrícola (LCA) e ainda os juros sobre capital próprio, quando questionado por jornalistas. Falou apenas sobre a necessidade de se tomar medidas certas no longo prazo para que o Brasil esteja no rumo certo.
"Temos de ser mais competitivos. Entrar nesse rumo, no qual precisamos ser mais competitivos. O período mais fácil de boom das commodities passou, mas temos milhares de coisas que a gente pode fazer a nosso favor desde que a gente trabalhe com vontade e persistência", afirmou o ministro da Fazenda.
Ele citou ainda que o Brasil já tem instrumentos que permitem um ambiente organizado e que haja demanda para novos projetos para que o mercado se desenvolva naturalmente como, por exemplo, as debêntures de infraestrutura. "Isso vai ocorrer desde que a gente tenha a aprovação do ajuste econômico, das leis que estão no Congresso e crie esse ambiente de segurança, essa plataforma para ter onde utilizar para começar a crescer", acrescentou Levy.
Segundo ele, as medidas que estão no Congresso e mais as outras ações do governo, inclusive, os cortes de gastos da máquina pública, servem de alicerce para a nova fase de crescimento que o Brasil tem de começar "o mais rápido possível".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação