Pular para o conteúdo principal

Condenado por trocar cirurgia por votos, peemedebista quer ser deputado-presidiário

Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) cumprirá pena de três anos e um mês em regime aberto por oferecer cirurgias de laqueaduras em trocas de votos

 
O deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), condenado por esterilização forçada
Deputado Federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA)
Condenado a três anos e um mês pelo crime de esterilização irregular de mulheres, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) afirmou nesta segunda-feira que não pretende renunciar ao mandato. “Posso perfeitamente continuar exercendo o mandato. Eu tenho até as 21h para ficar na rua”, disse, em referência ao regime aberto determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse que aguarda ser notificado pela Polícia Federal para se entregar.
O parlamentar foi acusado de oferecer cirurgia de laqueadura em troca de votos nas eleições municipais de 2004, quando concorreu a prefeito de Marabá (PA). O regime domiciliar permite que ele fique fora de casa das 5h às 21h. Nesse período, o peemedebista pretende exercer seu mandato na Câmara.
O STF negou os últimos recursos e determinou o início do cumprimento da pena na última quinta-feira. Nesse dia, Bentes integrou a comitiva da presidente Dilma Rousseff para a entrega de máquinas em Marabá. “Tenho recebido muita solidariedade do meu partido, dos meus amigos e da minha família. Não estou sendo pressionado a renunciar. Cada coisa tem seu tempo e eu ainda vou estudar tudo com muita cautela e prudência”, disse.
Nesta segunda-feira, a Corte enviou a ordem de prisão à Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas (Vepema). Como no Distrito Federal não há casa de albergados, onde dormem os presos em regime aberto, o deputado deverá ficar em sua residência.
Também nesta segunda, a Câmara foi comunicada pelo STF sobre a ordem de prisão do deputado, documento necessário para a Mesa Diretora dar início a um processo de cassação do mandato. A reunião para deliberar sobre o caso tem de ser marcada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Caso o processo seja aberto e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bentes será julgado em plenário com voto aberto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação