Pular para o conteúdo principal

Vale reduz investimentos, prepara venda de ativos e busca sócios para projetos

Tombo de quase 60% no lucro do 3° tri mostra que momento é de ajustes, o que inclui investimentos menores e venda de ativos menos rentáveis

RIO/SÃO PAULO - A Vale anunciou nesta quinta-feira a entrada em novo ritmo de crescimento. O tom cauteloso adotado pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani, para explicar o tombo de quase 60% no lucro da mineradora no terceiro trimestre não deixou dúvidas de que o momento é de ajustes, o que inclui investimentos menores, venda de ativos menos rentáveis e a busca de mais parceiros para seus projetos.
Sem adiantar cifras, o executivo afirmou apenas que o orçamento para 2013 será menor que o deste ano. Inicialmente, os investimentos para este ano chegariam a US$ 21 bilhões. Até setembro, a cifra alocada foi de US$ 12,253 bilhões. "O momento é de se fazer mais com menos."
Siani lembra que o investimento a ser anunciado ainda será o maior entre as empresas privadas brasileiras. "A Vale tem sido ágil ao se adaptar (à atual realidade da economia mundial)."
Nesta quinta-feira, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, participou de audiência com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Saiu pelos fundos, fugindo ao cerco dos jornalistas. Especula-se que tenha apresentado os novos parâmetros no qual a Vale apoiará sua estratégia de crescimento.
Investidores viram com bons olhos a mudança da Vale. As ações subiram forte, apesar do lucro em queda. A "arrumação de casa" ficará mais clara em novembro, quando a Vale anunciará seu plano estratégico. Todas as atenções estarão voltadas ao megaprojeto Serra Sul, no Pará. Orçado em US$ 19,5 bilhões e com capacidade para 90 milhões de toneladas de minério, o investimento é prioritário.
Para conseguir caixa para desenvolver Serra Sul com tranquilidade, a companhia já programa novos desinvestimentos. Em maio, a Vale vendeu seu ativo de carvão térmico na Colômbia por não considerar o segmento no seu foco estratégico. Siani adianta que outras operações estão no radar para os próximos "seis, 12 e 18 meses". E deu algumas pistas.
Segundo ele, as vendas vão se concentrar em ativos no exterior, fora do foco estratégico da empresa e considerados "pequenos para o tamanho da Vale". A expectativa é de que siga a mesma linha da venda de ativos de carvão térmico na Colômbia e os de Caulim, nos Estados Unidos.
Além desse movimento, a Vale pretende ampliar parcerias para reduzir o desembolso de recursos. Mas Siani avisa que as associações não vão incluir os ativos de minério de ferro, carro-chefe da companhia. Com as parcerias, a ideia é desenvolver bons projetos sem que a Vale precise desembolsar tanto. "Nosso intuito é viabilizar os projetos e não interrompê-los." A escolha dos parceiros, revelou, vai se dar pela visão de longo prazo e pelo objetivo de ampliar os ativos.
As parcerias devem incluir os segmentos de níquel, fertilizantes e carvão. Os negócios na área de logística, como portos e ferrovias, também serão reavaliados.
O executivo não adiantou qual será o futuro dos ativos de óleo e gás da mineradora. Entretanto, informou que a companhia já recebeu propostas de compra.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p