Pular para o conteúdo principal

Três bancos rebaixam papéis da OGX

Relatórios indicam desconfiança do mercado em relação ao cumprimento de metas de produção da empresa de petróleo do bilionário Eike Batista

RIO/SÃO PAULO - Os bancos JPMorgan, Itaú BBA e HSBC rebaixaram perspectivas para as ações da OGX Petróleo. Os relatórios dos bancos de investimento demonstram a desconfiança do mercado em relação à petroleira do Grupo EBX, sentimento que se espalha para as outras empresas do bilionário Eike Batista.
Desde o anúncio, pela OGX, na noite de terça-feira, de metas de produção abaixo do esperado no campo Tubarão Azul (antigo Waimea), já foram pelo menos quatro revisões por analistas de mercado - na quarta-feira, foi a vez do Bank of America Merrill Lynch.
O HSBC, conforme relatório assinado por Anisa Redman, revisou o preço-alvo de R$ 22,00 para R$ 16,00, mas manteve recomendação "overweight" (desempenho acima da média do mercado) para as ações da companhia no médio prazo.
Já o JPMorgan rebaixou a recomendação "overweight" para "neutral" (desempenho em linha com o mercado), cortando o preço-alvo do papel para R$ 7,50, ante os R$ 18,00 de antes. Em relatório, o banco explica que, após o anúncio de vazão do campo de Tubarão Azul esta semana, refez suas projeções para os poços da empresa.
O documento, assinado pelos analistas Caio Carvalhal e Felipe dos Santos, diz que após o anúncio da fraca produtividade, de 5 mil barris de óleo equivalente por dia, o banco agora estima uma média de produção para o total de poços da OGX para 6 mil barris de óleo equivalente por dia. "Além disso, reduzimos o volume para Tubarão Azul para cerca de 70 milhões de barris de óleo equivalente, ante 140 milhões previstos anteriormente", escreveram os analistas.
Segundo operadores do mercado, além da interdependência entre os negócios das empresas do Grupo EBX, há um abalo na credibilidade, que se espalha por todo o grupo, provocando o "efeito cascata" da OGX para as demais companhias.
O executivo de uma corretora sediada no Rio, que preferiu não se identificar, vê um sentimento de "frustração" entre os investidores em relação à OGX. Os relatórios dos bancos de investimentos refletem isso e, sobretudo as recomendações das instituições globais, têm maior influência sobre investidores estrangeiros.
Como a petroleira é a principal companhia do grupo de Eike, as demais empresas também sofrem. A credibilidade fica afetada porque a OGX tem, recorrentemente, deixado de cumprir metas apresentadas ao mercado. O estresse dos investidores é ainda maior por causa do cenário turbulento nas bolsas. "Talvez o guidance (metas) que a empresa passe seja um pouco esticado demais", disse Rogério Freitas, sócio da Teórica Investimentos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Corretor que vendeu imóveis a Flávio Bolsonaro admite fraude em outra transação Modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador Foto :  Agência Senado O corretor responsável por vender dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a suspeita de ter emitido fatura abaixo do preço cobrado em uma transação imobiliária.  A modalidade de fraude é semelhante a que o Ministério Público do Rio suspeita ter sido praticada pelo senador nas operações com o mesmo corretor. De acordo com a Folha, no caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava, na verdade, o preço R$ 350 mil.  A instituição financeira se recusou a fazer a operação